Ponte sobre a Ribeira do Jamor

Merece especial destaque não só pelo seu valor histórico, mas também por se tratar de uma infraestrutura que modificou a mobilidade de todos os habitantes da barra do Tejo, principalmente para quem fazia a ligação Este - Oeste, uma vez que «foi através dela que se fez o trânsito de pessoas e veículos até à inauguração da estrada marginal (...)», já no século XX.

A sua construção é atribuída ao frade arrábido de Santa Catarina de Ribamar, Fr. Rodrigo de Deus, não havendo no entanto confirmação documental da sua autoria. Por outro lado, lápides com inscrições (caravela, símbolo tradicional da capital) parecem atribuir a construção da ponte ao Município de Lisboa que reconheceria as vantagens económicas da passagem de pessoas e de mercadorias que afluíam à cidade vindas de Ocidente do território.

Tipologicamente, é uma ponte de pequenas dimensões, constituída por três arcos de volta perfeita, com recurso a silhares retangulares de encaixe perfeito, pequena, mas sólida.

Atualmente a velha ponte serve ainda o seu propósito de passagem entre as duas margens, ligando a Avenida Pierre Coubertin e a Rua Sacadura Cabral. Continua a ser ponto de passagem privilegiado para todos os que saem de Cruz Quebrada.